sábado, 30 de agosto de 2008

Julie Blackmon

Julie Blackmon nasceu em 1966, em Springfield, no Missouri, a mais velha de 9 irmãos. Diz-se inspirada pela pintura holandesa e flamenga, especialmente por Jan Steen, pintor holandês do séc.XVIII, conhecido pelas representações de cenas da vida quotidiana. Quis fazer o mesmo com a sua família: os seus filhos, as suas irmãs, os sobrinhos ...















Instambul





































I love it













O lado de Guermantes


"O conde de Argencourt encarregado dos negócios da Bélgica e primo afastado por afinidade da senhora de Villeparisis, entrou a coxear, logo seguido de dois jovens, o barão de Guermantes e S. A.o duque de Châtellerault, a quem a senhora de Guermantes disse: "Olá menino Châtellerault" com ar distraído e sem se mexer do seu pufe, porque era uma grande amiga da mãe do jovem duque, que, por causa disso e desde criança, tinha grande respeito por ela. Altos, esguios, de pele e cabelo dourados, inteiramente do tipo Guermantes, aqueles dois rapazes pareciam uma condensação de luz primaveril e vesperal que inundava o grande salão."

Proust, Marcel
Em busca do tempo perdido, vol III
Relógio d'Água

Os olhos de Lillian Gish

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

A vida dos Sultões turcos

Os caftans que eram feitos especialmente para o sultão e a sua família, tinham um corte comprido e alargado em baixo; estas proporções davam ao sultão, juntamente com a riqueza dos tecidos utilizados, uma aparência imponente. A maioria dos caftans é aberta à frente com colarinhos curtos e levantados,com bolsos verticais e mangas, que podem ser compridas ou curtas. Os sultões usavam dois tipos de caftans, uns para estar dentro do palácio e outros para sair. Os de saída eram considerados os caftans cerimoniais. Estes tinham um corte em tudo semelhante aos de dentro, diferenciando-se destes pelas duplas mangas mais compridas que caíam do ombro e cobriam a mão. Os caftans davam esplendor à aparência do sultão, e estavam ligados ao aparecimento deste em público. A funcão deste tipo de vestuário era tradicional e histórica, sendo a bainha beijada pelos súbditos, nas cerimónias, em sinal de reverência e respeito.Esta tradição foi abandonada em meados do séc XIX.













O Livro do Meio

O país dos interditos convive mal com movimentos de câmara lenta. O rumor surdo da perplexidade traduz as reticências de regra. Afinal, o que é que leva dois autores consagrados, Armando Silva Carvalho e Maria Velho da Costa, nascidos ambos em 1938, à desabusada escavação da infância? Por que é que, sem perder Laclos de vista, foram ambos induzidos à narrativa da intriga? Valmont e a Merteuil trocaram o castelo de Madame de Rosemond pelo British Quintal? (O British Quintal é o jardim da casa de Maria Velho da Costa.) Pergunta ela: «E que fizemos à Merteuil e ao Visconde? / Devem ter-se tolhido com a tua abominação da aristocracia, a querela de classes, o Terror.» A questão não é inocente. E o protocolo não engana: nos interstícios do passado insinua-se a prova do quotidiano. Leitura do mundo: obras, autores, prémios, família, castas, ódios, equívocos, querela, política, dinheiro. O Meio à lupa, sem licença, entre 4 de Fevereiro e 29 de Junho do ano em curso. Tão simples como isto. Romance epistolar? Ou romance realista? Ele: «Ensaiemos, pois, em silêncio, o percurso do nosso dueto, a ouvir o Scarlatti.» Ela: «Há anos que me despeço da Literatura. Perdi o impulso, receio o tumulto.» Ele vem da pequena burguesia rural, do tempo em que todos se roçavam para chegar a Rousseau, mas, ainda rapaz, tinha ou julgou ter «outras Luzes guias, outros holofotes virados para as bandas do colectivo.» Valmont também conquistou o seu destino, e há-de ter lido O Contrato Social. Ela vem da burguesia instalada no Ancien Régime, viu mundo, o lusco-fusco do British Quintal ajuda-a a enfrentar o passado: «Os afectos são flutuantes. É o que os torna perigosos. Mesmo no seio da família, ou pior ainda. Quem diria que, depois de amar tão apaixonadamente os meus, poderia ir até à aversão? Que mutila. O ódio mutila.» Pai militar, «bisonho e frugal», mãe amante do luxo: «Perfumes, jóias, sedas, peles, comida requintada. E de dançar e de sair.» Ele a brincar aos padres em Olho Marinho: «O padre foi, aliás, na panóplia de seres que andavam à volta dos meus anos tenríssimos, o meu homem de saias.» Lenta descoberta da sexualidade num tempo em que «o sexo não existia em lado nenhum do corpo que a gente desse por isso.» Ela no Bairro Azul. Ele numa «província abaixo da meia-tigela [...] e não me peca a alma ao dizer que tinha costeleta de porco uma vez por semana após a missa. Outros comeriam feijões, pão duro, e quando.» Nítidas, as origens. A mnemónica deixa cicatrizes. O rapaz veio para a cidade, estudar e fazer pela vida. A rapariga não esqueceu o crivo apertado do Palácio das Madres, feudo das “Grandes”, um dia libertou-se e percebeu: «É toda uma cópia de contrastes, esta vida.» Muita água passou sob as pontes. Estão sentados no British Quintal, fazem parte do Meio, não há como fugir ao Meio, são consequência do Meio. Ela não poupa no desdém: «Há pouca gente tão ignara e arrogante como esses oxfordinhos de segunda. Cheios de mofo daqueles departamentos que fenecem, daqueles parques infantis para adultos, que consentem, salvo raras excepções entrincheiradas na excentricidade, dar diplomas a medíocres que seriam, na Sorbonne ou no MIT, mandados de volta à instrução primária.» Ele, sem sair da mesma área sociológica, tem o seu quinhão. Uma afirmação de Maria Filomena Mónica [«As relações entre uma patroa, especialmente de esquerda, e uma empregada doméstica são complexas.»] dá o mote: «Frase tão incrível como os anúncios de sexo regressivo [...] que descobres na nossa circunspecta imprensa.» Exemplo entre muitos. Isento de vénia ou cálculo, paralelo ao enredo da infância, o fio dos dias flui com naturalidade: escritores, artistas, cinema, jornais, colunistas, televisão, amigos, passeios, humor, tudo é pretexto. Pode ser o brutal assassinato de Gisberta: «Em Finsbury Park [...] vi uma vez duas pegas, lustrosas de branco e preto, a despedaçarem no chão um pombo ainda vivo. Quis ao menos enxotá-las e acabar de o matar. Foi-me dito que elas gostam de levar carne viva para o ninho. Lembrei-me muito deste episódio, a propósito do caso Gisberta, o transsexual assassinado por garotos no Porto.» Pode ser um dos legítimos inferiores, dando azo a comentários e trocadilhos. O homem é o estilo: «os tiques que se tornaram famosos e vendidos por esse mundo fora, traduzidos, sei lá, em judaico, alemão, grego ou paquistanês. Não é tanto os -inhos do sentimentalóide, esse celulóide da prosa [...] o arfar da sorna suburbana, com Donas Idálias e cantores larilas.» O estilo fixa-se em edições “ne varietur” para pasmo dos indígenas: «pobre A. L. A. que não tem culpa que lhe andem a fazer edições menos avariadas que a cabeça.» A mediocridade não tem perdão. Os melhores são citados com acerto e lembrados com empatia. Casos de Sophia, Sena, Agustina, Cesariny, Fiama, Herberto, Llansol, Drummond, Luiza Neto Jorge, António Ramos Rosa, Álvaro Lapa, Margarida Gil, João César Monteiro, Manoel de Oliveira, Eduardo Lourenço, Nuno Bragança, José Cardoso Pires, Pedro Tamen, Ruy Belo, Manuel Gusmão, poucos mais. As bêtes noires comuns? Bénard da Costa e Vasco Pulido Valente preenchem a quota. Sim, também há uma académica, «a Nossa Académica», oriunda da outra banda: «Veio de barco à conquista de Lisboa. Estudou, estruturou, e de ática a catedrática foi um pulo. Barthesiana enquanto lhe rendeu o discurso, hoje o seu retiro impressiona. É grandiloquente. E quem lhe beija a mão sabe bem como ela morde.» E ainda uma embaixatriz, «a Nossa Embaixatriz», oriunda do Instituto Camões, e uma psicóloga oriunda da coterie de Natália Correia, «a Nossa Psicóloga». Bem como um energúmeno, «o Energúmeno», um dos da pior espécie, «culto, académico, talento multifacetado.» Os menores não têm direito a nome. Os novos não são esquecidos: «A jovem cultura portuguesa é só prodígios.» Certa dose de acrimónia contra os convénios de casta: «Há dias folheei um livrinho cínico e galante, de um menino bem, um pretty boy, a falar da sua adolescência, vivida nos braços das artes e nos deleites do antes, durante e pós-coital. Autor: o inefável Frederico Lourenço, esse tão celebrado tradutor dos velhos gregos. O pai dele, o M. S. Lourenço, um homem requintado das filosofias, amante da palavra, do mito e da pergunta, andou comigo na recruta em Mafra e chamava-me o sapador suicida.» Aferidor do quotidiano, Eduardo Prado Coelho surge amiúde: «Hoje o E. P. C. parece que me adivinhou. E zás: diz que não é toureiro, não senhor, mas dá umas trancadas nessa coisa obnóxia dos papás avaliarem os professores dos seus rebentos. E por sinal até escreve que essas encantadoras crianças tratam as professoras de putas, lhes atiram preservativos à cara e as fecham nas salas de aula.» De passagem, ponto final nas Novas Cartas Portuguesas, despachadas como inócuas: «um hímen colectivo, um coral fêmeo a bufar no macho.» Em todo o caso, o maldizer é mero parêntesis na crónica da infância. Barthes, apropriadamente citado, disse: «a minha infância é que mais me fascina [...] o que descubro nela não é o irreversível, é o irredutível [...] a emoção interna, mas isenta de qualquer expressão pela sua própria desgraça.» É essa a matriz do livro, a que um conjunto de três dezenas de retratos dos autores enquanto crianças acrescenta um suplemento de “realidade”. O que estas imagens nos dizem é que a fotografia não é um corpo neutro na dinâmica da obra. Quem conheça a obra dos co-autores encontra aqui um prolongamento das obsessões de ambos. O Armando Silva Carvalho de Portuguex (romance, 1977) ou de Elena e as Mãos dos Homens (contos, 2003) plasma-se na prosa sacudida desta “correspondência”. O mesmo se diga de Maria Velho da Costa, operando em flashback. Ouvindo-a discorrer sobre o rito de passagem que representou o Palácio das Madres, somos levados a recordar episódios do primeiro livro, Lugar Comum (contos, 1966), ou mesmo daquele Maina Mendes (romance, 1969) que definitivamente a consagrou. No seu desconstruir metódico, O Livro do Meio põe a nu a tensão dialógica que as obras respectivas estabelecem entre si. Uma mais-valia nada despicienda, convenhamos.


A Infância, os Outros, in MIL FOLHAS, 24-11-2006, p. 10.

Jóia de família

Agustina Bessa-Luís volta ao Porto e ao Douro neste novo romance, "Jóia de Família", "uma história sobre a intromissão da delinquência na vida burguesa". (ABL ao JL, 26/6/01)

Rute Clara decide dar à luz o seu terceiro filho na Quinta do Salto, propriedade do tio Albergaria, sabedora de uma cláusula do testamento deste, segundo a qual todos os seus bens se destinariam ao sobrinho que nascesse na casa de família. Mas a criança nasce morta, ou morre ao nascer, e Celsa Adelaide, criada dedicada que assistiu ao parto, decide trocá-la de imediato, e antes que a senhora Rute dê por isso, pelo seu filho que nascera dias antes. Deste modo pouparia a senhora de um grande desgosto e daria ao seu filho uma vida que ele nunca poderia ter. A criança veio a chamar-se António Clara e puseram-lhe a alcunha de Cravo Roxo.

Cravo Roxo tornou-se amigo de Touro Azul, o segundo filho de Celsa, que vivia de expedientes, era correio de droga e frequentava casas de alterne. Cobiçado pelas mulheres, tinha uma relação muito próxima com Vanessa, proprietária de uma dessas casas, e por quem entretanto Cravo Roxo se apaixona,depois de casado com Camila, filha de vinhateiros falidos. Jóia de família é Camila que é a última oportunidade da sua família para fazer "um bom casamento" e sair da ruína.

Um olhar sobre os nossos dias e a nossa civilização, no inconfundível estilo de Agustina, uma sociedade invadida pela delinquência, o crime (há mesmo um incêndio da casa de alterne, certamente inspirado no caso do Mea Culpa, em Amarante), a corrupção, que vieram sustentar o espírito de lucro fácil e dos gastos que os hábitos de consumo criaram.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

sábado, 23 de agosto de 2008

Cavalo Lusitano








Adoro cavalos apesar de ter medo de montar.Estes cavalos são uma das raças mais bonitas do mundo.Aqui fica um pequeno artigo sobre o tema à laia de pequena homenagem.

HISTÓRIA
Cavalo Lusitano é o mais conhecido e apreciado dos cavalos Portugueses. As representações mais antigas do cavalo pré-histórico ancestral do cavalo Lusitano podem ser vistas nas pinturas rupestres nas grutas de La Pileta (Malaga, Espanha) que são datadas de 20.000 A.C. e no Escoural (Alentejo, Portugal) que são datas entre 17.000 A.C. e 13.000 A.C. Fenícios, Gregos, Cartagineses e Romanos habitaram a Península Ibérica. As duas primeiras civilizações referidas não trouxeram cavalos suficientes que pudessem influenciar de uma forma substancial o cavalo Ibérico. Porém, os Gregos têm uma lenda em que os cavalos da "Lusitânia", das margens do rio Tejo eram filhos do vento. Esta é certamente uma forma metafórica e poética que permite perceber como o cavalo Ibérico era considerado na antiguidade. Os Cartagineses e Romanos trouxeram consigo principalmente o cavalo Berbere. Este facto poderá ser observado pelas diversas estátuas e moedas dessas civilizações, que mostram um cavalo com a cabeça de perfil convexo. A seguir à queda do Império Romano as tribos da Europa Central: os Vândalos, Alanos e Suevos repartiram entre si a Península Ibérica. Os primeiros dois povos trouxeram cavalos ancestrais às raças de cavalos alemãs. Os Suevos que tomaram o controlo de uma boa parte da Península Ibérica trouxeram cavalos similares aos dos celtas. Mais tarde foram derrotados pelos Visigodos que trouxeram também cavalos.Os Árabes seguiram os Visigodos e trouxeram também o cavalo Berbere e o cavalo Árabe que também se cruzaram com o cavalo Ibérico.
O rei D. João V (casado com D. Maria da Áustria, uma admiradora da Escola Espanhola de Viena) começou a coudelaria de Alter Real onde começou a ser criado um cavalo que se enquadra no modelo do cavalo Lusitano. As éguas e garanhões para o estabelecimento da coudelaria de Alter Real foram trazidos de Espanha. Os cavalos da coudelaria de Alter Real eram usados na "Picaria Real" que se estabeleceu na época como a escola de arte equestre. O filho do rei D. João V, rei D. José, fez a coudelaria de Alter Real e a Picaria Real prosperar. No século XIX a Picaria Real foi encerrada e no século XX iniciou-se a Escola Portuguesa de Arte Equestre inspirada na Picaria Real. Em 1885, Bernardo Lima, no seu livro sobre raças de cavalos Portuguesas usou o termo Lusitano para cavalos nascidos e criados em Portugal. Em 1942, Os veterinários da Coudelaria Nacional decidiram usar o nome Lusitano para cavalos nascidos em Portugal,com características que os permitissem inscrever no Stud Book Português. A raça Lusitano começou oficialmente em 1967.
Para além de Portugal, internacionalmente existe um interesse crescente na raça Puro-sangue Lusitano. Esse interesse é particularmente acentuado em países como o Brasil, França e México. A Bélgica, Alemanha, Itália, Holanda, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos da América são países onde existem já comunidades de cavalos Lusitanos

Os 40 títulos fundamentais

Os editores do World Literature Today elegeram os quarenta mais importantes livros de 1927 até hoje. Como em qualquer lista, ela pode excluir livros que consideremos fundamentais...uma lista serve apenas para saber como andam as nossas leituras.

1927 - Ao Farol - Virginia Woolf
1928 - Romanceiro Gitano – Federico García Lorca
1928 - The Tower – William Butler Yeats
1929 - O Som e a Fúria – William Faulkner
1931 - The Turning Point (I strofí) – Giorgios Seferiades
1933-47 - Residence on Earth (Residencia en la tierra) – Pablo Neruda
1934-35 - Gente Independente – Halldór Laxness
1935-40 - Requiem (Rekviem) – Anna Akhmatova
1941 - Mãe coragem e seus filhos – Bertolt Brecht
1942 - O Estrangeiro – Albert Camus
1943 - The Four Quartets – T. S. Eliot
1944 - Ficções – Jorge Luis Borges
1945 - “The Day Before Yesterday” (‘Tmol shilshom) – S. Y. Agnon
1948 - O País das Neves – Yasunari Kawabata
1950 - The Labyrinth of Solitude (El laberinto de la soledad) – Octavio Paz
1952 - Waiting for Godot (En attendant Godot) – Samuel Beckett
1952 - Homem Invisível – Ralph Ellison
1952 - O Velho e o Mar – Ernest Hemingway
1952 - In Country Sleep – Dylan Thomas
1953 - The Lost Steps (Los pasos perdidos) – Alejo Carpentier
1956 - Grande sertão: veredas – João Guimarães Rosa
1956-57 - The Cairo Trilogy (Al-Thulathiyya) – Naguib Mahfouz
1957 - Voss – Patrick White
1958 - Things Fall Apart – Chinua Achebe
1958 - The Guide – R. K. Narayan
1959 - O Tambor – Günter Grass
1961 - Uma Casa para o Sr. Biswas – V. S. Naipaul
1961 - Livro do Desassossego – Fernando Pessoa
1962 - The Golden Notebook – Doris Lessing
1962 - Fogo Pálido – Vladimir Nabokov
1962 - A Praça do Diamante – Mercé Rodoreda
1962 - One Day in the Life of Ivan Denisovich (Odin den’ Ivana Denisovicha) – Aleksandr Solzhenitsyn
1964 - Uma Questão Pessoal – Kenzaburo Oe
1966 - Collected Shorter Poems 1927-1957 – W. H. Auden, England
1967 - Cem Anos de Solidão – Gabriel García Márquez
1968 - House Made of Dawn – N. Scott Momaday
1972 - As Cidades Invisíveis – Italo Calvino
1974 - The Conservationist – Nadine Gordimer
1978 - Bells in Winter – Czeslaw Milosz
1987 - Red Sorghum (Hung kao liang) – Mo Yan