sábado, 28 de novembro de 2009

As chamas e as almas

Agora, Olga simplificava o seu trem de vida.Saía pouco de casa e tinha móveis de mogno não muito brilhantes.Mas ainda usava roupa interior de crepe com violetas bordadas, e meias como só alguns velhos sensuais oferecem às amigas e que só é possível encontrar no Faubourg St. Honoré, como uma excentricidade ou como uma relíquia.
A Dona contentava-se agora com o seu chá adoçado com açúcar mascavado e em privar, com uma solenidade facciosa, com as suas vizinhas.Decerto as suas primas e segundas primas, nata duma sociedade benemérita e musical, haviam de envergonhar-se da facilidade com que Olga ouvia aquele mulherio ignorante e sem maneiras."
in: Agustina Bessa Luís, As Chamas e as Almas,Lisboa, Guimarães Editores

Bryan Boy style


Saudades da ilha de Bali

Lanches de Inverno


S table


A round or oval table with a S-shaped twisted stand, moulded in mass-pigmented Ekotek, in matt white. Tabletops in 15 mm thick tempered clear glass, in 15 mm thick extra light tempered clear glass, or in 30 mm medium-density wood fibreboard, lacquered in matt white with scratch-resistant finish, or in 20 mm thick mass-pigmented matt white Ekotek. Round top dia.: 140 156 and 175 cm. Dims of oval table: 150x 10 cm. Height: 73.5 74 or 75 cm. Xavier Lust

Exposição de vestuário da casa de Sabóia



De 7 a 12 de Dezembro, no La Mona Bismarck Foundation, apresenta-se pela primeira vez em França, uma exposição de trajes históricos da Casa Real de Sabóia.
Intitulada "Le trousseau de la Reine de Marie-José de Savoie", esta exposição permite admirar dez magníficos vestidos de cerimónia, vinte conjuntos de soirée e adereços pessoais da rainha de Itália Maria-José de Sabóia (1906-2001). De referir que uma parte dos objectos apresentados, fazem parte do enxoval da soberana, aquando do seu casamento em 1930 com o príncipe Humberto, que foi o último rei de Itália.
A colecção da fundação Humberto II e Maria José de Sabóia - da qual fazem parte estes trajes - só foi possível graças ao esforço da sua presidenta, a princesa Maria - Gabriella de Sabóia, uma dos quatro filhos da rainha, que consagrou um grande esforço, à sua reconstituição.
Estes vestidos de Corte usados para as cerimónias oficiais, reflectem a moda dos anos 30 e ilustram o gosto de uma época.
foto: vestido de Corte em veludo e seda vermelha (Atelier Gori, Turin-Roma-Gênes, 1930); doação de Stefano Papi à fundação Humberto II et Maria-José de Sabóia.
Photo Kim Powell

Le trousseau de la Reine Marie-José de Savoie
MONA BISMARCK FOUNDATION
34, Avenida de New York, 75116 Paris
Tel : 01 47 23 38 88
info@monabismarck.org / www.monabismarck.org
De segunda a sábado das 10 h 30 à 18 h 30. Entrada livre

John Fischetti


1949 viagem em França

Atentado à Sé de Lisboa


in "JN"
As obras de restauro que estavam a decorrer na Sé de Lisboa foram mandadas parar ontem, terça-feira, depois de ter sido danificada uma das pedras do portão norte do monumento. A situação foi denunciada pelo Fórum Cidadania.
A situação é "grave e escandalosa, seriamente lesiva de um monumento nacional, e que prefigura mais uma acção de vandalismo de Estado, uma vez que, ao que apurámos, é da exclusiva e inteira responsabilidade da Direcção-Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo e, portanto, desse Ministério", refere o movimento de cidadãos Fórum de Cidadania, que denunciou a situação junto das entidades tuteladas pelo Ministério da Cultura, Junta de Freguesia da Sé, Câmara de Lisboa e do presidente da Área Metropolitana de Lisboa.
Após ter tomado conhecimento público do caso, Luís Marques, responsável pela Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo (DRCLVT), deslocou-se ao local e contactou os cónegos responsáveis pela igreja, que, por sua vez, mandaram parar a obra.
Ao JN, o director da DRCLVT adiantou que "foi marcada uma reunião conjunta para o próximo dia 15 de outubro, no sentido de encontrar uma resolução digna para pôr cobro a esta obra indevida".
"Este episódio é sintomático sobre o estado de coisas relativamente ao património arquitectónico do país, e do entendimento que dele fazem os poderes públicos", crítica o Fórum Cidadania. O movimento vai mais longe e afirma: "Já não bastava o efeito da poluição e o vandalismo anónimo que continuamente atentam contra o nosso património, são agora os próprios responsáveis pela conservação dos monumentos nacionais a adulterá-los".
O plano de recuperação da Sé foi lançado recentemente dada a degradação em que o espaço se encontrava. No mês passado, o director do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), Elísio Summavielle, reconheceu publicamente que o estado global da Sé de Lisboa era de "alerta público".
Segundo o responsável, a situação mais grave era a do claustro, lamentando ainda o estado de abandono a que esteve votado aquele monumento nas últimas duas décadas".
A Sé de Lisboa foi mandada construir por D. Afonso Henriques em 1150, três anos apôs a conquista da cidade. Sofreu várias derrocadas com os terramotos, o mais forte de 1755.
Publicada por Arq. Luís Marques da Silva